Avaliando a credibilidade do Banco Central do Brasil: uma abordagem DSGE com alternância de regime (2000-2022)
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Este estudo visa avaliar a credibilidade do Banco Central do Brasil (BCB) ao longo do período de 2000 a 2022, utilizando uma abordagem DSGE (Dynamic Stochastic General Equilibrium) com alternância de regime. O artigo propõe uma nova medida para avaliar o grau de credibilidade do BCB, adaptando a metodologia do trabalho de Debortoli e Lakdawala (2016) para a economia brasileira. Emprega-se um modelo Novo Keynesiano de média escala que incorpora uma tecnologia de compromisso, permitindo ao Banco Central otimizar sua política monetária. No entanto, o modelo também contempla processos de mudança de regime ao longo do tempo, nos quais o Banco Central pode eventualmente reotimizar seus planos anunciados. Esse arcabouço abrange tanto os casos de discricionariedade quanto os de compromisso, bem como situações intermediárias As estimativas rejeitam a hipótese de que o Banco Central do Brasil possua comprometimento total ou discrição pura. Os resultados revelam diversos episódios de reotimização ao longo das últimas duas décadas, além de uma probabilidade significativa da economia estar em um regime de alta volatilidade. Ao contrário das mudanças nas preferências do BCB, que alteram a fronteira da política, os problemas de compromisso ampliam esse trade- off, levando a um aumento da volatilidade tanto no produto quanto na inflação. Os resultados mostram que o uso de regras ganha maior importância quando ocorre um choque de markup salarial e possui menor relevância em face de choques de tecnologia e demanda.